O mês de Agosto é por excelência tempo de férias de verão, e gozar férias como pausa útil e necessária para descansarmos e recuperarmos energias vitais para enfrentarmos o trabalho no futuro, tão necessário à obtenção de recursos essenciais ao bem-estar familiar e social que uma boa política pretende para se alcançar o bem comum.
O mundo tão desestruturado envolto em crises climáticas, fomes, miséria e guerras devastadoras, onde a paz teima em estabelecer-se, as férias são um momento oportuno para refletirmos sobre esta nefasta situação que atinge tudo e todos, que nos envolve em medos, ansiedades, transformando-se em sintomas de uma sociedade “enferma, pois procura construir-se de costas para o sofrimento.”
Neste mundo moderno, é tempo, para que não seja tarde, de se se não deixar de lutar para combater todos os entraves aos caminhos da paz, os políticos devem estar ao serviço do seu povo, lutando pelo desenvolvimento integral, afim de se obter o bem comum, cuidando de todos os deserdados e excluídos da sociedade, dando-se prioridade aos mais pobres, e com o “dinheiro usado para as armas e nas demais despesas militares, deveria ser usado na criação de um Fundo Mundial, para acabar de vez com a fome e contribuir para o desenvolvimento dos países mais pobres, afim de que os seus habitantes não recorram a soluções violentas ou enganadoras, nem precisem de abandonar os seus países à procura de uma vida mais digna” - de acordo com os ensinamentos do Papa Francisco, na Carta Encíclica “Fratelli Tutti”.
Os países devem aprender a viver com o plurilateralismo, num diálogo aberto e sincero, porque a Justiça e o Direito, além de serem essenciais para a construção da paz, não são suficientes para “lançar pontes, abater muros, semear a reconciliação” entre todas as nações.
O povo aquando das guerras costuma profetizar que “a fome e o frio faz romper contra o inimigo”, e é verdade, “a fome é criminosa, e a alimentação é um direito inalienável”, pois enquanto houver fome, enquanto se virar costas ao diálogo, que se quer perseverante e corajoso, um diálogo entre as famílias, entre gerações, entre povos é que permitem abrir os caminhos para a paz, em busca da verdade, de forma nobre e responsável, porque “quem não vive para servir não serve para viver”.
Sebastião Lima, Diretor
