Dezembro é o mês do Advento, é o mês do Natal, celebra-se o nascimento do Deus Menino, Deus omnipotente, omnisciente e omnibenevolente, isto é, Deus tudo pode, tudo sabe, e é perfeitamente justo, por isso, o Papa Francisco não se pode apelar à paz na terra, nomeadamente em África, na Ásia, na Ucrânia e na Palestina, cujas guerras assombram e mutilam a humanidade.
O Natal é a festa do amor e do acolhimento, a festa da família e da paz, e só a humanidade de mãos dadas, pode construir a paz, reencontrar fraternalmente os caminhos da paz para um futuro de fraternidade e de solidariedade entre os povos , entre as nações, onde os homens devem e podem orientar-se para o bem, mediante o uso da liberdade.
O Natal é o momento ideal para se construir um mundo onde todos caibam, sem exceção da raça, da religião ou da nacionalidade, e possam viver uma vida plenamente humana, livre de grilhões e de serviço, onde “o pobre Lázaro possa sentar-se à mesa do rico”, e importa ainda debruçar-nos de forma rigorosa na solução dos problemas que surgem ao longo do caminho, e só dialogando, e escutando os outros, com respeito mútuo, para conquistar a verdade e a paz.
Não vamos apenas sonhar juntos, para a construção de um caminho futuro, melhor para todos os homens e as instituições internacionais que se preocupam com as questões de grande gravidade que infelizmente grassam em nosso mundo, porque os acontecimentos atuais demonstram que as descriminações raciais, ideológicas e religiosas que indevidamente imperam, originam uma submissão injusta pelas forças às nações mais frágeis e débeis, dos regimes políticos que privam os cidadãos da justiça e da liberdade, pois uma consciência sustentada na relação da força não é humana .
Neste Natal, vamos fazer da ilha Terceira, o nosso presépio, cujo o estábulo natalício se situa na cidade capital do Ramo Grande, junto à baía rendilhada e cristalina, cujas águas azuis e doces, saúdam e beijam o Menino Deus, a Virgem Maria e o seu esposo, São José, e que esta abençoada panorâmica nos inspira a todos a viver numa paz digna e sã, e que o estábulo de Belém seja “o primeiro lugar da solidariedade com o homem: de um homem com o outro e de todos, principalmente com aqueles para os quais não há lugar na hospedaria, aos quais não são reconhecidos os direitos próprios”.
O directório do Jornal da Praia, deseja a todos os leitores, colaboradores e assinantes, um Santo Natal, cheio de luz, alegria e paz, como sendo o melhor e mais sincero das prendas.
Sebastião Lima, Ditetor
