Caros leitores, colaboradores, patrocinadores, enfim todos os que dalgum modo estão ligados ao Jornal da Praia: Feliz Ano Novo! Pois é, já entramos em velocidade de cruzeiro no Ano da Graça de 2023…
Passou o Natal e as mijinhas foram de tal ordem que até os Reis já estavam andando, deixando Jesus entregue ao Seu destino, e nós, à imagem do Menino Deus, também nos cabe continuar a nossa caminhada de vida, fácil ou difícil que seja. De coração Jornal da Praia deseja que 2023 traga paz, saúde e felicidade o quanto possível.
Antes de mais deixamos um forte abraço de solidariedade ao País e ao Povo Ucraniano que quase um ano volvido continua a sofrer o inferno da guerra com a crua realidade de morte, destruição, fome e miséria em contraste com o nosso conforto natalício. Que a lei da força não prevaleceu e venha uma paz justa!
No ano findo muitos de nós protegemos a perda de familiar ou amigo. O implacável ciclo da vida também nos levou o primeiro Papa Emérito Bento XVI, com o seu próprio estilo, mas um Homem de Deus, de fortes convicções, pouco dado a populismos e cedências circunstanciais. Era um homem sábio cuja palavra, ainda antes de ser eleito, se mantém atual: “ Vai-se constituindo uma ditadura de relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades ”. Que o Papa Francisco, apesar das notícias de doença e cansaço, tenha força e vitalidade para liderar a Igreja num caminho de progresso, adaptação e esperança, dentro dos valores e princípios da mesma.
Reafirmamos a nossa firme crença de que somos melhores com Fé do que sem ela. A história da humanidade registra que, mesmo em sociedades mais ou menos evoluídas, sem os valores inerentes à Fé, vigorava a lei do mais forte. Infelizmente ainda hoje isso acontece, mesmo com sistemas certificados instalados (apesar de muitas vezes ineficazes), com o domínio do materialismo/legalismo sobre o ético. Um cidadão, um político, recebeu benefícios pouco claros, exerceu pressão inaceitável, prejudicou instituições públicas, e, para muitos o que interessa é saber se é legal!... Pior, o fato de não ser condenado no sistema judicial, muitas vezes dubiamente (faltam ou desaparecem documentos, testemunhas, passam prazos, etc., etc.), apenas significa que ficou livre na teia complexa da administração judicial,
Por aqui acreditamos que a ética, a moral, são essenciais ao justo equilíbrio das sociedades sem que se transformem em espaços fúteis, materialistas, egoístas e decadentes. Seja qual for a nossa Fé, ou a ausência dela, deverá ser consensual a importância de valores que guiem os nossos comportamentos e incidentes gratificar moralmente todos os que de algum modo aderiram para o bem comum, quer tenham acompanhado através das diversas associações sociais ou religiosas . Sem o reconhecimento desse esforço, não raras vezes satisfaça, desista o incentivo e condene-se à morte o associativismo.
Caríssimos leitores, poderão acabar o papel para impressão, mas continuaremos a ter cada um e todos um papel social, mesmo num ano de guerra, de dificuldades económicas e incertezas locais e globais. No Ano Novo, como no Velho e sempre, Aquele Abraço Praiense!
Luís Moniz, Diretor Adjunto
